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OnlyFans pode ser vendido por até US$ 8 bilhões

Crescimento acelerado da plataforma tem atraído investidores (imagem: reprodução)

Resumo

A empresa controladora do OnlyFans negocia a venda da plataforma com investidores liderados pela Forest Road Company, dos EUA.
De acordo com a Reuters, o negócio gira em torno de US$ 8 bilhões. Em 2023, o OnlyFans teve receita de US$ 6,6 bilhões.
O modelo de negócio da plataforma, que atrai criadores de conteúdo adulto, enfrenta resistência financeira e riscos legais, complicando a venda.

O OnlyFans pode estar prestes a ser vendido. De acordo com a Reuters, a Fenix International Ltd, empresa que controla a plataforma conhecida por permitir que criadores de conteúdo adulto cobrem assinaturas dos seguidores, negocia a venda para um grupo de investidores, que avalia o negócio em cerca de US$ 8 bilhões.

As conversas estão sendo conduzidas pela Forest Road Company, firma de investimentos com sede em Los Angeles. Até o momento, não foram revelados os nomes dos outros investidores envolvidos na possível transação. Segundo a Reuters, a negociação não está concluída, e fontes ligadas ao processo afirmam que outras empresas também demonstraram interesse na compra.

OnlyFans está à venda?

O interesse pela plataforma cresceu na mesma proporção que seu faturamento. Somente no ano fiscal encerrado em novembro de 2023, o OnlyFans registrou uma receita de US$ 6,6 bilhões — valor significativamente maior do que os US$ 375 milhões obtidos em 2020. Esse crescimento acelerado tem atraído investidores, apesar das barreiras envolvendo o modelo de negócio do site.

Parte dos executivos da Forest Road já havia tentado negociar a abertura de capital do OnlyFans em 2022, por meio de uma empresa de aquisição de propósito específico (SPAC, na sigla em inglês), mas as conversas não avançaram. Agora, além da venda para investidores, também se considera a possibilidade de uma oferta pública inicial (IPO).

A Reuters afirma que as conversas para uma possível venda ocorrem desde março e podem ser concluídas nas próximas semanas, embora não haja garantia de que o acordo será fechado. Tanto a Fenix International quanto a Forest Road optaram por não comentar o assunto.

O que dificulta a negociação?

OnlyFans permite que criadores interajam com seus fãs e sejam remunerados pelo que produzem (imagem: reprodução)

O principal entrave para negócios envolvendo o OnlyFans é justamente a natureza dos conteúdos hospedados na plataforma. Por ser majoritariamente voltado para conteúdos pornográficos, o site enfrenta resistência de instituições financeiras e investidores de grande porte, que evitam associações por possíveis riscos legais e de reputação.

Em reportagens anteriores, a Reuters revelou que o site foi citado em registros policiais e judiciais nos Estados Unidos, desde 2019, em casos relacionados a pornografia não consensual, abuso infantil e tráfico de pessoas.

Essas questões tornam mais delicada e complexa a realização de processos de due diligence — uma espécie de auditoria feita antes de fechar qualquer negócio, em que se analisam riscos, documentos financeiros, questões legais e operacionais.

O proprietário do OnlyFans é Leonid Radvinsky, empresário ucraniano-americano que assumiu o controle da empresa em 2018. De acordo com documentos oficiais no Reino Unido, ele teria recebido mais de US$ 1 bilhão em dividendos nos últimos três anos.

O grupo interessado na compra, a Forest Road Company, é especializado em investimentos nos setores de mídia, energia renovável e ativos digitais. Fundada em 2017, a empresa também possui participação em negócios como uma equipe da Fórmula E, e, em 2024, expandiu sua atuação no mercado financeiro ao adquirir parte majoritária de um banco de investimentos.

Com informações da Reuters
OnlyFans pode ser vendido por até US$ 8 bilhões

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