Figma mira expansão global (foto: Zac Wolff/Unsplash)
A plataforma de design Figma passou por um processo de localização para o Brasil e recebeu uma interface traduzida para o português. O suporte também está disponível no idioma local, e a empresa afirma ter feito adaptações culturais para melhorar a compreensão.
“Estamos comprometidos em encontrar nossos usuários onde eles estão — e oferecer ferramentas que sejam naturais e intuitivas em seu próprio idioma é parte fundamental desse compromisso”, diz Yuhki Yamashita, chefe de produto do Figma.
Interface também passou por adaptações culturais (imagem: divulgação)
O português é o quinto idioma disponível no Figma: além do inglês da versão original, a empresa liberou traduções para japonês, espanhol e coreano. A companhia tem planos para consolidar sua expansão global. No quarto trimestre de 2024, cerca de 85% dos usuários e mais de 50% da receita foram referentes a mercados fora dos Estados Unidos.
Vale lembrar que o Figma quase foi adquirido pela Adobe por US$ 20 bilhões, mas a empresa desenvolvedora do Photoshop desistiu da negociação após questionamentos de autoridades do Reino Unido.
Presença forte no Brasil
O Figma destaca que, antes mesmo de ter uma versão adaptada ao público brasileiro, suas ferramentas já eram bastante usadas no mercado nacional. Em um comunicado à imprensa, a companhia destaca que iFood, Itaú, Mercado Livre e Nubank já usam a plataforma em suas operações, além de mais de um terço das empresas listadas no Ibovespa.
Nem só de grandes nomes vive o Figma. A adoção da plataforma no Brasil também aparece nos números: segundo a empresa, foram criados quase 5,5 milhões de arquivos nos últimos 12 meses. Em média, mais de 85 mil arquivos são editados diariamente no país.
Novos recursos anunciados em conferência
Além da localização para o Brasil, o Figma realizou, nesta semana, a Config 2025, sua conferência anual voltada a novidades de produtos.
Entre os lançamentos apresentados na terça-feira (06/08), estão o Figma Sites (para criar sites dinâmicos), o Figma Make (para criar protótipos e aplicativos a partir de descrições ou designs) e o Figma Buzz (para criar ativos visuais).
O Figma Design, carro-chefe da plataforma, ganhou recursos para layouts responsivos, com geração de CSS, e recursos aprimorados para ilustrações.
A empresa também aposta em recursos com inteligência artificial generativa para gerar imagens, fazer edições e dar sugestões automáticas. Em 2024, a ferramenta Make Designs foi acusada de plágio: sua IA gerava designs praticamente idênticos aos de apps já existentes. Na ocasião, o Figma removeu a funcionalidade.
Figma ganha versão em português brasileiro e novas ferramentas
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