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ChatGPT gasta menos água do que você imagina, diz Altman

Sam Altman, CEO da OpenAI, sugere que consumo de água pelo ChatGPT é baixo (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Resumo

Sam Altman estima que cada pergunta ao ChatGPT consome “1/15 de uma colher de chá” de água e 0,34 Wh de energia.
Apesar do tom tranquilizador, as estimativas não têm metodologia divulgada.
Segundo a OCDE, o setor pode ultrapassar os 158 bilhões de galões de água por ano até 2027.

Uma única pergunta feita ao ChatGPT consome o equivalente a “1/15 de uma colher de chá” de água. A comparação, feita por Sam Altman, CEO da OpenAI, foi publicada nesta terça-feira (10/06) em seu blog pessoal, em uma tentativa de minimizar as preocupações crescentes sobre o impacto ambiental dos modelos de inteligência artificial generativa.

Apesar do tom tranquilizador, Altman não apresentou metodologia ou fontes que sustentem os números divulgados. Estimativas mais amplas, como as da OCDE, indicam que, se mantido o ritmo atual de crescimento, o setor poderá consumir bilhões de galões de água por ano nas próximas décadas.

ChatGPT gastaria “um segundo de forno”

No post “A Singularidade Gentil”, Sam Altman falou sobre o consumo energético do ChatGPT. Segundo ele, cada pergunta enviada ao chatbot consome cerca de 0,34 Wh, o equivalente ao “uso de um forno elétrico por pouco mais de um segundo”.

Ele também calcula que cada pergunta enviada ao ChatGPT consome cerca de 0,000085 galões de água, ou aproximadamente 1/15 de uma colher de chá — impacto que seria quase irrelevante em comparação com outras estimativas recentes.

Em 2023, uma investigação do Washington Post com pesquisadores estimou que gerar um e-mail de 100 palavras com o GPT-4 poderia consumir até meio litro de água, variando conforme a localização e o sistema de resfriamento do data center.

Projeções apontam bilhões de litros de água por ano

Data centers devem dobrar consumo atual de água com avanço da IA (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Relatórios recentes mostram que, mesmo que o consumo individual pareça pequeno, o impacto agregado da IA é gigantesco.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o setor pode ultrapassar entre 0,38 e 0,60 bilhões de metros cúbicos de água por ano até 2027 — ou seja, de 100 a 158 bilhões de galões. Esse total inclui tanto a água usada para resfriamento dos servidores quanto o uso indireto, associado à geração de energia elétrica.

Outro levantamento, da Bloomberg, reforça a escala do impacto: os data centers já consomem cerca de 560 bilhões de litros de água por ano e esse número pode mais que dobrar até 2030, chegando a 1,2 trilhão de litros, impulsionado sobretudo pelo avanço da inteligência artificial e a demanda computacional.

Em resposta às projeções, gigantes da tecnologia garantem que já adotam medidas para reduzir o impacto ambiental da IA. O Google se comprometeu a repor 120% da água doce que consome até 2030. A Microsoft, por sua vez, investe em projetos que devem devolver milhões de metros cúbicos nos próximos anos.

Outras estratégias incluem o uso de resfriamento sem água — como em data centers na Suécia e Finlândia — e sistemas adiabáticos, que economizam tanto água quanto energia.

Com informações do The Verge, OCDE, Google e Microsoft
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